Os Irmãos Corsos (1941)

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema

Nota: 2

Este foi o quarto filme em um curto período que o produtor Edward Small fez a partir de romances do francês Alexandre Dumas. Só que aqui optou por uma história já melodramática e rocambolesca em excesso na origem, tornando ainda mais pesada na adaptação.

É sobre dois irmãos da Córsega (ambos feitos por Fairbanks Jr.), gêmeos siameses que são separados logo após o nascimento (claro que com a simplicidade hollywoodiana) por um bom doutor (Warner), grande amigo da família deles, que está sendo dizimada (devido à vingança corsa, a vendetta) por um inimigo (Tamiroff).

Vinte anos depois eles se reúnem em busca de justiça, só que muito diferentes: um bondoso e nobre, outro amargurado e egoísta. E descobrem que devido à ligação física da infância, um é capaz de sentir as dores e outras sensações do outro. Mas a união azeda quando se apaixonam pela mesma moça.

Uma história dessas tinha que ser tratada com algum (se não muito) humor, mas o diretor Gregory Ratoff (1897-1960) optou por um tom solene e trágico, que resultou em um filme lúgubre, sem nada da vivacidade aventuresca típica dos cCapa-espada. Mas onde curiosamente faz falta justamente um vilão mais sinistro do que o sempre um pouco bufão Tamiroff.

Nunca chega a realmente empolgar, apesar da sucessão de lutas de espadas, fugas pela noite, raptos e sessões de tortura. Ainda mais nessa cópia bem ruim, tirada obviamente de um VHS. A boa trilha musical de Dimitri Tiomkin foi indicada ao Oscar.