Os Quatro Batutas (1931)

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema

Nota: 3

Também conhecido como "Batutas Burlescos", este foi o terceiro filme dos Irmãos Marx e que muita gente considera um dos melhores. Foi o primeiro escrito especialmente para o cinema, sem a aparência de show teatral adaptado dos dois anteriores. A história depois influenciaria muito as chanchadas da Atlântida.

Eles são clandestinos num transatlântico, onde Groucho dá em cima da loira Thelma Todd (1905-35), que tem uma história trágica na vida real: em 1935, quando tinha apenas 30 anos, ela apareceu morta na garagem de sua casa, em um crime que nunca foi solucionado, mas que aparentemente foi obra de seus amigos gângsteres. Mas Thelma era uma comediante talentosa, na linha de Jean Harlow.

Isso fica claro neste filme cheio de interlúdios musicais por conta dos Marx e muita loucura, muito pastelão, muito trocadilho intraduzível, num saudável ambiente de loucura. Há até uma seqüência onde todos eles imitam Maurice Chevalier, Harpo com a ajuda de uma vitrola.

E quase sempre com frases clássicas como estas: "Tenho uma reclamação, sabe quem entrou no meu quarto as três da manhã? Quem? Ninguém, é justamente essa minha reclamação!"; "Olhe para mim, eu comecei do nada e cheguei à extrema pobreza..." .

É um dos poucos filmes do grupo que não tem a participação de Margaret Dumont. Boa cópia, faz parte do box "Irmãos Marx".