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Ficha completa do filme

Aventura

Piratas do Caribe: No Fim do Mundo (2007)

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema
Nota: 3

Ninguém gostou muito do segundo capítulo de "Os Piratas do Caribe", mas mesmo assim ele foi megassucesso (US$ 1 bilhão de renda) em todo o mundo, chegando mesmo a revitalizar os cofres da empresa Disney (até porque faz propaganda direta de um dos brinquedos de seu parque). Portanto, qualquer crítica deste terceiro e último filme parece inútil. Mas vale como referencia.

O começo do filme me pareceu aborrecido e confuso, até porque nem todos guardamos o que sucedeu no capítulo do ano passado (fora o fato de que o capitão Jack Sparrow foi levado para o fim do mundo). Johnny Depp só irá aparecer depois de meia hora de projeção e, ainda assim, está mais contido do que costume. Novamente talvez seja o problema de excesso de personagens, mas o trio central tem pouco a fazer. Jack (Depp) controla muito mais seus trejeitos e, apesar dos esforços do roteiro em fazer gracinhas verbais, falta justamente o humor visual, o pastelão que agradava tanto antes.

Depp chega a contracenar com cinco ou seis sósias, em cenas de delírio destinadas a mostrar diversas caras dele. Mas isso passa batido, assim como a cena em que reencontra o pai (falou-se muito nessa ponta do roqueiro Keith Richards, do Rolling Stones, que aliás rouba a cena com seu rosto muito marcado). Keira, vestida de oriental por desígnios não muito lógicos acaba virando a rainha dos piratas, e Orlando Bloom tem um destino bem romântico (embora continue achando ele uma coisa nenhuma, inexpressivo).

Confesso que tive certa dificuldade para entrar no universo do filme, o que só fui conseguir na metade final, quando as cenas de ação se tornam mais espetaculares, com um redemoinho, a feiticeira Calypso e Davy Jones se reencontrando (este continua com sua marcante máscara de tentáculos de polvo) e uma enorme batalha naval (com duelos espetaculares, justificando os US$ 200 milhões de orçamento). Ou seja, não decepciona nesse aspecto. Mas é menos divertido, menos "fun" do que o anterior. Até porque ficou com cara de festa de Halloween, adotou um tom dark, meio trágico, em que proliferam as cenas escuras, os personagens grotescos e detalhes de violência.

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