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Ficha completa do filme

Comédia, Musical

Poucas e Boas (1999)

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema
Nota: 3
Poucas e Boas

Tão convincente é o depoimento dos especialistas (inclusive Allen , que é o primeiro a falar), que dá a impressão de que Ray realmente existiu. Mas é apenas invenção do autor, que por ser um grande admirador do jazz desse período poderia ter feito algo mais inspirado. Teve merecidas indicações ao Oscar para Penn (que faz Ray com surpreendente sinceridade) e para a inglesa Morton (que faz uma mudinha com que o músico tem um curioso eestranho relacionamento).

O ponto de partida da história é que você podeser um ser humano horrível, desprezível - como Ray que era cafetão, cafajeste, mulherengo, pretensioso - mas mesmo assim um grande artista (será que tem algo de confessional e autobiográfico nisso, com Allen querendo justificar os escândalos de sua vida pessoal?).

Mas o resultado é morno e nada envolvente. Howard Alden dubla o violão, a recriação de época é perfeita, o jazz impecável, não trará porém novos fãs para Allen. Foi produzida pela amiga de Allen, Jean Doumanian (com dinheiro de um Safra), a quem ele acabou por processar (porque esta não lhe prestava contas dos lucros).

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