Prisioneiro do Remorso (1955)

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema

Nota: 3

É muito estranho lançarem este drama britânico praticamente esquecido, pouco comercial mas interessante. Traz uma das melhores interpretações de Guinness (embora para mim sempre um ator exagerado e caricatural), no papel do Cardeal, marcado por traumas do passado (uma mãe leviana, uma vocação discutível).

Basicamente, tem uma estrutura teatral (a autora Bridget Boland é especialista em filmes históricos como "Ana dos Mil Dias", e "Guerra e Paz") no que constitui um duelo entre ele e Hawkins, como o psiquiatra com problemas de culpa. Evidentemente a mensagem é anticomunista,já que naquele momento, religiosos estariam sofrendo nas mãos deles em vários países europeus, mas isso nunca é enfatizado e fica mais no espírito de fábula alegórica.

O curioso é que quase sempre funciona, até mesmo no seu final pouco popular. Foi votado Melhor Filme Estrangeiro pelo National Board of Review e indicado para cinco BAFTAs (inclusive Filmes e os dois Atores).