A sinopse explica: "Samsara seria o conceito indiano do mundo, oposto ao Nirvana, o paraíso. O filme fala da iluminação às avessas, como uma releitura crítica da história dos vencidos". Felizmente a fita (que virou cult no circuito de arte nacional) é bem mais acessível e sem pedantismos.
É basicamente uma história contada em belas imagens (a fotografia é esplêndida, das mais belas do cinema recente) e poucos diálogos, sobre um monge que deseja experimentar a vida humana normal (ele havia sido recolhido pelo monastério quando tinha apenas cinco anos), mesmo sendo extremamente egoísta e misógino (o discurso final da esposa lembra a mulher de Buda, que também sofreu como ela, e a história registrou mas não lhe deu o devido valor).
Vencedor do Prêmio Especial do Júri no Festival de Moscou, Júri Popular em Melbourne, foi rodado na majestosa paisagem do Ladakh, nos Himalaias indianos. Vale a pena conhecer.