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Ficha completa do filme

Drama

Sete Vidas (2008)

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema 25/05/2009
Nota: 2

Na época do lançamento, a produtora pediu que a imprensa não revelasse o final do filme, que deveria ser uma grande surpresa. Realmente, é um daqueles filmes que só se justificam pelo final, o que torna difícil fazer comentários a respeito.

É semelhante a "O Sexto Sentido", só que não tem a mesma resolução, e nem adianta especular a respeito. De qualquer forma, vou tentar não revelar nada, ao mesmo tempo que lembro que o final tem potencial dramático, ou seja, é mais um filme que tenta nos fazer chorar.

Mas pare um pouquinho para pensar depois de assistir. Será fácil perceber que o filme não é apenas manipulador como também é mórbido e, à luz das principais religiões e credos, completamente injustificável e mesmo absurdo.

O filme é o quarto seguido de Will Smith em dois anos, que arriscou sua popularidade reunindo-se novamente com o diretor italiano Gabriele Muccino, com quem tinha acertado em "À Procura da Felicidade", um filme normal e bem intencionado que o público abraçou.

Para este personagem, Will emagreceu bastante para ficar mais convincente como um... o que é que ele é mesmo? Difícil explicar porque o filme faz questão de esconder pistas e prolongar a história desnecessariamente, num filme longo, confuso e aborrecido. Não precisava dar tantas voltas e podia ir direto ao assunto.

O filme o mostra como um agente do imposto de renda, o que nos EUA é coisa muito séria e dá cadeia. No caso, ele parece ter a intenção de ajudar pessoas, sete a julgar pelo título.

Ben Thomas (Smith) passa o filme com uma missão que não sabemos qual é, que o aproxima de uma moça que sofre do coração (Rosário Dawson), de um homem rico e misterioso (Pepper), fugindo do irmão (Ealy), fazendo amizade com um cego (Harrelson) e ajudando uma imigrante (Elpidia).

Tudo isso irá se juntar ao final, de forma duvidosa, já que a moral da história é altamente discutível. Para piorar, essa é a primeira vez em que Will Smith faz caras e bocas tentando representar e sai-se mal, perdendo a naturalidade, seu ponto forte.

O filho adotivo de Tom Cruise e Nicole Kidman, Connor Cruise, faz o papel de Will Smith quando jovem, estreando no cinema. Este é um filme alongado e por vezes chato que derrapa no final manipulativo e mórbido. Como diz Roger Ebert, "algumas pessoas gostam de ser emocionalmente manipuladas". Ele e eu gostamos, desde que seja bem feito, que seja lógico, convincente e positivo. E não é este o caso.

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