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Ficha completa do filme

Comédia

Sex and the City - Primeira Temporada (1998)

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema
Nota: 5
Sex and the City - Primeira Temporada

Nunca houve antes, ainda mais em TV, mas mesmo em cinema, uma visão tão acurada, sensível, inteligente, esperta, moderna - e sacana - do comportamento da mulher atual numa cidade grande. Não é à toa que a série é escrita (e supervisionada) por uma mulher (Darren Star) e passa em TV por assinatura, ou seja, sem censura. Não estou exagerando. A série mostra quatro amigas que vivem em Nova York: a heroína Carrie (Sarah), escreve justamente uma coluna semanal de jornal chamada "Sexo e a Cidade" então isso justifica as conclusões e hipóteses que ela vai levantando sobre o tema.

De vez em quando tem depoimentos para a câmera, trechos da coluna dela, mas basicamente são as quatro garotas e seus amores. Sarah ficou a maior parte das duas temporadas namorando um sujeito muito rico e bonitão chamado Big (Chris Noth) que a mantinha como amante, mas não queria nada mais sério. E a pobrezinha sofria bastante. As outras personagens são: Miranda, uma advogada liberal e bem sucedida - interpretada por Cynthia Nixon - tanto que comprou um ótimo apartamento na "Segunda Temporada"), e Charlotte, uma puritana, mas ousada diretora de galeria de artes no Soho, vivida por Kristin Davis. E claro que tem a minha favorita, que é Samantha Jones, a balzaquiana e ainda bela Samantha Jones, feita por Kim Cattrall, que interpreta a dona de uma firma de relações públicas, também a mais velha e mais, digamos, promíscua delas. Transa com todo mundo, e com freqüência se dá mal. Mas Kim faz o personagem de forma tão humana, tão verdadeira, que é impossível não ficar gostando dela.

Essa "Primeira Temporada" foi me conquistando e particularmente dois episódios me deixaram passado. Num deles, elas tentam ir ao restaurante da moda em Nova York, mas a moça que cuida das mesas, nunca tem um bom lugar para elas. Despreza-as constantemente. Até o dia em que, por obra do acaso, uma delas está no banheiro justamente quando essa mulher, que é a mais poderosa de Nova York, lhe pede ajuda, lhe pede um "modess" emprestado. E desde então, sempre lhe dará a melhor mesa no restaurante. Essa é uma idéia brilhante que só mesmo uma mulher seria capaz de pensar, uma cumplicidade que homem francamente não tem a menor idéia. Outro momento incrível foi no último episódio do primeiro ano, quando Kim descobre finalmente o homem da vida dela. Ela está apaixonadíssima. Tudo vai às mil maravilhas, demoram até para transar, mas justamente no dia, a tragédia: ele tem um pênis pequeno, ou seja, é pouco dotado. E o episódio e a temporada se encerravam com os dois transando, a câmera se aproximando do rosto dela e Kim chorando, com lágrimas rolando, e tendo a certeza de que a felicidade nunca é perfeita.

A mudança com a passagem do tempo no show é basicamente que, nesta primeira fase, os personagens ainda falavam para a câmera (depois apenas seguimos suas aventuras, talvez por já conhecermos bem os personagens). Mas cada episódio de meia hora segue a mesma estrutura narrativa. Edição nacional vem sem extras americanos (que eram ocasionais comentários em áudio auxiliar) e um resumo dos episódios, making of, promos de TV e lista de premiações. Traz apenas um cartão postal.

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