Show Bar (2000)

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema

Nota: 2

Deu certo uma vez, por que não repetir a dose? Este certamente foi o raciocínio do produtor Jerry Bruchkeimer, que além dos blockbusters (A Rocha, Armaggedon, o atual Pearl Harbor), também foi responsável pelo sucesso de "Flashdance", que foi um dos pais do "music video".

Difícil encontrar um filme mais idiota, simplista e simplório. Não é fita para adolescentes, mas para rapazes americanos idiotizados, daqueles que acham que ter um "good time" é se embebedar e se comportar como débil mental. Supostamente, eles teriam que achar excitante e erótico a dança das garçonetes. Pelo menos curtiram a trilha musical no CD, que foi um grande sucesso de vendas nos EUA (incluindo uma aparição ao final da cantora country LeAnn Rhimes que dubla a heroína e canções originais para a fita compostas pela conhecida Dianne Warren).

Não dá muito para levar a sério esta besteira de roteiro, onde a heroína se comporta da maneira mais ingênua possível. A melhor coisa é Maria Bello ("Payback", de Mel Gibson) numa participação atraente e marcante como a dona do lugar. Junto com tudo isso, tem uma trama romântica com um rapaz bonitão por quem se apaixona (mais um australiano, como está na moda atualmente, chamado Adam Garcia). Enfim, as mocinhas são interessantes (a melhor delas é a negra Tyra Banks, que some logo) e o filme faz questão de deixar claro que não se prostituem. Feito por um diretor de video-clip, da forma mais banal possível foi também comparado a "Embalos de Sábado a Noite", mas é literalmente abaixo da crítica.