Sonho de Amor (1960)

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema

Nota: 2

O diretor Vidor morreu em meio às filmagens e foi seu amigo George Cukor que concluiu a produção (sem crédito, apenas agradecimento) desta biografia muito romanceada do famoso compositor e pianista (o mais popular de seu tempo). Foi uma tentativa de fazer um sucesso semelhante a "À Noite Sonhamos" ("A Song to Remember", 1945, do mesmo Vidor - que por sinal era húngaro como Liszt - que contava o amor de Chopin e George Sand, que aqui são coadjuvantes).

Uma produção luxuosa, rodada em igrejas e salas de concerto suntuosos, e que serviu também para lançar nos EUA, o Rock Hudson britânico Dirk Bogarde (mas seu estilo era pedante e efeminado e não deu certo na ocasião). Também lançou como a Princesa, uma modelo francesa Germaine Lefebvre, dita Capucine, que era amante do produtor da fita Charles S. Feldman e que faria razoável carreira internacional (mas se mataria em 1990 na Suíça).

Ela é limitada como atriz, deixando o filme com um vazio central que a bela música clássica não consegue preencher (Jorge Boulet interpreta as músicas ao piano). Ou seja, não convence como história de amor. Isso fica pior aqui numa cópia tirada de VHS, que deforma o widescreen original. Restam poucos prazeres como ver a deliciosa coadjuvante Martita Hunt (como a Grã Duquesa). Ganhou Globo de Ouro de Musical e Oscar de Trilha Musical Adaptada.