Sonhos de Mulheres (1955)

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema

Nota: 3

O sueco Ingmar Bergman costuma discutir temas densos, como a existência de Deus, em seus filmes. Este "Sonhos de Mulheres", entretanto, se limita a observar a psicologia feminina, seus sonhos, desesperos e desenlaces.

Não é à toa que ele é considerado o que melhor discutiu o assunto, o que demonstra neste modesto, mas satisfatório, solo para duas musas: a já madura Eva Dahlbeck e a juvenil Harriet Andersson (que por vezes tem semelhança com Audrey Hepburn).

Destaque também para Ingá Landré, atriz linda e excelente que nunca foi famosa apesar de ter atuado em "O Sétimo Selo" e "No Limiar da Vida", ambos de Bergman. Aqui ela interpreta a mulher do amante de Susanne.

Como sempre acontece nos filmes do diretor sueco, o filme traz uma espetacular fotografia em preto-e-branco, desta vez assinada por Hilding Bladh, e uma rara ponta de Bergman como o homem com o poodle no hotel.

Edição em DVD traz textos sobre Bergman, biografias, galeria de pôsteres e fotos.