Stuart Little 2 (2002)

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema

Nota: 2

O momento mais curioso deste filme é quando Stuart Little e seu irmão humano Jonathan Lipnicki vão para a aula de futebol, usando camisa que imita a seleção brasileira e em certo momento gritam, "estamos jogando que nem brasileiros". Fora esse rasgo patriótico, esta continuação foi um desastre nos Estados Unidos e só serve para crianças pequenas. O filme sofre do mesmo problema de "Homens de Preto II": parece mais um episódio de uma série semanal, não tem fôlego para um longa-metragem.

Sua história é muito fraca, muito banal, sem nada de novo a contar ou acrescentar. Como os efeitos já não impressionam mais, fica a historinha do ratinho que agora faz amizade com uma passarinha (um caso estranho de amor entre espécies que fica na base da amizade) que, na verdade, faz parte de um bando de assaltantes, liderados por um falcão vilão (a voz no original era de James Woods).

É uma velha história que já vi em algum lugar, tem jeito de literatura francesa. Enfim, a passarinha tem problemas de consciência enquanto o bobo do Stuart vai atrás dela sem desconfiar de nada com a ajuda de Bola de Neve, o gato que ficou mais bonzinho (as piadas que Nathan Lane faz com a voz no original, não-dublado, são as coisas mais divertidas da fita).

Tem um aviãozinho de brinquedo para cenas de ação, algumas correrias, mas menos locações e mais economia (menos atores, menos situações). Parece uma continuação feita para sair em vídeo. Ou seja, é bem "blah", não cheira, nem fede.