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Ficha completa do filme

Comédia

The Wonders - O Sonho Não Acabou (1995)

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema
Nota: 3
The Wonders - O Sonho Não Acabou

Muito bem recebida pela crítica americana, esta estréia na direção do astro Tom Hanks acabou não conquistando o público, passando mais ou menos em branco. Assistindo à fita dá para entender o porquê.

Ela é o reflexo consciente ou não do próprio Hanks, um bom rapaz, bom coração, boas intenções, que faz tudo de forma correta, mas sem alma, sem força, neutro e sem graça. O filme não funcionou porque não quer dizer nada, não tem maior sentido ou interesse. É apenas uma bobagem descartável e rápida. É um absurdo mais uma vez usarem inglês nos títulos nacionais, no caso, substituir um por outro ainda mais bobo, já que esse nome The Wonders é fictício, o grupo nunca existiu, foi inventando por Hanks para simbolizar vários desses grupos que fizeram uma música de sucesso e depois desapareceram para nunca mais serem ouvidos.

Passado em 1964, o filme tem um pouco o jeitão de "Forrest Gump", mostrando uma Era ainda inocente, anódina (como Hanks) onde tudo é bonzinho e "gostável" (todos no elenco são boa gente, repito, assim como Hanks). Meio parecido, mas inferior a "American Graffiti". Tem apenas uma garota (Liv Tyler, de "Armageddon") que vai com eles na estrada em turnê. Mas o sucesso faz muito mal à banda e logo começam as brigas e confusões e o grupo poderá acabar, mal chegando ao auge. O grande achado da fita foi compor músicas originais que imitam o som da época (mas nenhuma delas é antiga, todas foram feitas para o filme), mas mesmo assim não tiveram maior êxito em disco. Ver ou não o filme não muda nada. Não é ruim, nem especialmente bom. Simpático, bem feitinho, fácil dever. Mas insosso. Assim como Hanks.

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