Tóquio Violenta (1966)

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema

Nota: 3

Poucos já tinham ouvido falar do diretor Suzuki, que tem tudo para agradar Tarantino e seguidores. Foi um diretor de fitas B para a Nikkatsu que acabou sendo despedido (por fazer fitas complicadas demais) e ficou dez anos na Lista Negra. Mas realmente tinha um estilo pessoal, utilizando grandes cenários (sets), figurinos elaborados e marcações inteligentes. Dá para entender porque ele virou cult, já que o filme mesmo tendo sido feito na época, tem uma estilização visual anos 60, quase uma recriação.

A trilha musical pode ser detestável e brega, mas também é típica (parece que Tetsuya hoje é super-star no Japão, conforme o diretor conta numa entrevista que ele deu nos EUA em 1997, e passa legendada em inglês e português). Não pode ser visto como mero policial, mas obra de um autor por vezes genial, que criou um universo que ainda vale descobrir melhor. Cópia apenas razoável.