Não deve ser fácil ser casado com uma estrela como Julianne Moore e insistir em ser diretor. De qualquer forma, nesta altura Bart Freundlich deve estar tendo suas dúvidas e crises diante da acolhida modesta de seus trabalhos como realizador, que foram "O Mito das Digitais" (1997), "Cidadão do Mundo" (2001) e "Segurem Essas Crianças" (2004), este o único sem Julianne.
O casal retorna agora nesta comédia romântica, que tem bom elenco, mas um roteiro (também de Freundlich) muito esquisito e pouco engraçado, que realmente não dá certo.
O filme segue dois casais: em Nova York, a atriz Rebecca (Julianne Moore) teme pelo casamento com um publicitário desempregado (David Duchovny), que tenta ser escritor enquanto cuida da casa e dos filhos. Há também o irmão de Rebecca, Tobey (Billy Crudup), que, depois de um relacionamento de sete anos com Elaine (Maggie Gyllenhal), não quer assumir nenhuma paternidade.
Infelizmente para o público, todos os personagens, com a possível exceção do feito por Julianne, são irritantes, chatos e mimados. O esforço de fazer comédia também não tem sucesso -- mal chega a lembrar os primeiros filmes de Woody Allen.