Tudo pela Fama (2006)

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema

Nota: 2

Esperava-se mais do roteirista e diretor Weitz, que acertou antes em "American Pie", "Um Grande Garoto" e "Em Boa Companhia". Mas ele perdeu a mão, numa fita estranha e satírica, que tem poucas risadas e erra seus alvos.

Embora Quaid lembre um pouco o presidente Bush, seu personagem é mal explorado, mal escrito (brinca-se com o fato de ter um ponto no ouvido, onde seu secretário lhe dita o que falar. Quem faz esse secretário é Dafoe, totalmente irreconhecível, de peruca para parecer careca).

Também não é desenvolvido o personagem central, o apresentador-jurado do programa, um britânico cínico cujos motivos nunca ficam claros. Ou seja, sem humanizar ninguém, também não opta pela caricatura ou pela farsa. Fica tudo num meio termo, com personagens pouco interessantes.

Mandy faz uma cantora ambiciosa (que ela não sustenta) que tem um noivo militar e radical, mas começa um caso com o apresentador. A idéia é satirizar programas de ídolos (e um dos candidatos não tem qualquer talento, como um árabe que gosta de canções de shows musicais da Broadway).

E, por tabela, também brincar com a América (dizia o cartaz: "Imagine um país onde o presidente nunca lê os jornais, um governo que vai a Guerra pelas razões erradas, e mais gente vota para um Ídolo Pop do que para presidente"). Fracasso nos EUA (apesar de seu tema tão local), saiu direto em home vídeo aqui.