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Ficha completa do filme

Drama

Tudo por Dinheiro (2005)

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema
Nota: 3
Tudo por Dinheiro

Nunca tinha visto um filme antes que tocasse nesse assunto: o universo dos apostadores em esporte, que nos EUA movimenta milhões de dólares e pessoas. Esse é o maior mérito desse filme feito por diretor pouco renomado (Caruso fez antes "Roubando Vidas", com Angelina Jolie, "A Sombra de um Homem"/ "Salton Sea", com Val Kilmer, e muitas séries de tevê), mas com dois atores ilustres.

Al Pacino é o ator que melhor envelheceu de toda sua geração, incluindo nisso Dustin Hoffman e Robert De Niro, não fez concessões, nem pontas, nem fitas só para ganhar dinheiro. E sempre tem um trabalho interessante, por vezes notável.

Enquanto Matthew tem aqui a melhor interpretação de sua carreira (ainda que tenhamos de desculpar algumas caras e bocas exageradas, no geral se comporta com densidade e entrega). Porém o filme fracassou nos Estados Unidos e só estreou em nossos cinemas pelo prestígio do elenco.

Sua trama é complicada, exclusivamente masculina e com um final desagradável. Matthew faz Brandon Lang (que nome mais esquisito, parece de ator pornô), que tem talento para adivinhar resultados de jogos esportivos e por isso é seduzido e contratado por um entrepreneur que tem um programa na tevê a cabo sobre apostas e também dirige uma espécie de escritório de bookmaker (segundo ele diz, legal).

Pacino faz esse personagem, Walter Abrams, que é uma figura impressionante, ex-viciado em jogo (e como todos eles, sempre capazes de voltar ao vício a qualquer momento, para desespero de sua mulher René Russo, feia e num papel ingrato, que por sua vez também é ex-junkie). E acompanhamos a trajetória de Brandon, inclusive quando ele acerta o resultado de todos os jogos do fim de semana.

A história é de Dan Gilroy ("Freejack" e "Uma Loira em Apuros", ou seja, nada de ilustre) mas ele é filho do dramaturgo e diretor Frank D. Gilroy ("Falávamos de Rosas") e na vida real é casado com René Russo (o que explica muita coisa). E se mantém o interesse até certo ponto, até pelo inusitado, que se perde numa resolução banal.

Outro detalhe curioso: um dos produtores do filme, David C. Robinson, é filho do dono do estúdio que fez a fita. De qualquer forma, agora em DVD fica mais desfrutável.

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