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Ficha completa do filme

Romance

Um Amor Para Toda Vida (2007)

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema
Nota: 2

Aos 84 anos, Sir Richard Attenborough recusa-se a aposentadoria e insiste em mais este filme, um romance em dois tempos: a Segunda Guerra mundial em Belfast, no auge do conflito entre irlandeses e ingleses, e em 1991, no interior dos EUA, em Michigan.

Foi escrito por Peter Woodward, o mesmo de "A Lenda do Tesouro Perdido :Livro dos Segredos", "O Patriota", não autor de novela, como pode parecer. Apesar de trazer sem roupa Mischa Barton, que ficou famosa na serie de teve "The O.C.", o filme não teve impacto no exterior por uma boa razão: é extremamente antiquado.

A história começa com Shirley MacLaine (que faz o papel de Mischa na velhice) num funeral do marido de muitos anos. Tudo indica que ela é uma chata, que não gosta de nada e só vive no passado, desleixando dos filhos - em particular da filha revoltada feita por Neve Campbell - e é incapaz de demonstrar qualquer emoção, a não ser resmungar que ele foi um bom marido. A seu lado, ela tem um velho amigo feito por Christopher Plummer ("A Noviça Rebelde").

Aos poucos, entram os flash-backs que estabelecem a trama central. Quase 40 anos antes, durante a Segunda Guerra, o falecido tinha dois amigos inseparáveis, todos eles pilotos que estavam lutando em missões a partir da Inglaterra. Todos apaixonados pela mesma mulher Ethel (Mischa), que tinha, porém olhos somente para um deles, justamente o mais bonito, um loiro chamado Teddy (Stephen Amell).

Foi um grande amor vivido intensamente, mas interrompido por um fato trágico: o rapaz morreu numa missão de guerra, quando o avião deles caiu numa montanha perto de Belfast. Isso finalmente ajuda a entender porque estamos vendo uma terceira história paralela com um rapaz simplório escavando nessa montanha e que, aos poucos, começa a desenterrar artefatos do passado. Aliás, nesse nucléo estão também dois atores ilustres Pete e Brenda Fricker, vencedora do Oscar de atriz coadjuvante por "Meu Pé Esquerdo".

Logicamente, há segredos enterrados e outros esquecidos que vão sendo desvendados bem devagar com conflitos entre Ethel e a filha ou Ethel indo para Belfast. Shirley faz sua cara de mal humorada ou chata permanente, enquanto Mischa deixa de ser digna de registro na primeira grande chance de mudar de categoria. Há umas revelações e reviravoltas, mas nada muito importante ou notável. Embora com uma produção decente, o filme é banal demais para nos emocionar.

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