O filme australiano que deu a Meryl o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Cannes, além de mais uma indicação ao Oscar. Ela nunca esteve tão feia (de peruca negra e sotaque australiano para lembrar o personagem autêntico). Mas sempre excelente atriz.
Sua composição é perfeita ao recriar o maior escândalo da Austrália. Foi a mídia que transformou em sensação. Embora sem provas, a não ser forjadas, foi feita uma campanha intensa contra ela, acusando-a de ser feiticeira e ter matado a criança num ritual macabro. O processo foi revisto e condenada, ela serviu anos de prisão.
Uma história que é contada sem muita emoção. Culpa do diretor, que evita grandes momentos e acusações, fixando-se em detalhes autênticos do julgamento e mostrando a opinião pública distorcida. Meryl não tenta tornar o personagem simpático nem facilita a empatia. Por ela, o filme pode ser visto. Mas podiam ter feito uma fita mais palpitante. Produção Original da Cannon, de Golan Globus.