Um Motivo para Viver (2002)

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema

Nota: 2

Um interessante filme independente, com bom elenco e muito clima. Parece intelectualizado simplesmente porque foi inspirado em dois personagens do livro "Ulisses", de James Joyce, só que transpostos para o Mississipi. É a estréia de um diretor britânico que veio da publicidade, mas que faz um trabalho bastante talentoso.

Mas com uma temática que vai atrair pouca gente. É um drama pesado, até trágico, onde o papel-título não é do ex-presidiário e assassino (chamado Stephen), mas de um menino que seria o narrador da história, e cujo nome veio de Leopold Bloom, do livro "Ulisses" (que a mãe dele odiou).

Relata a vida dos habitantes de uma cidadezinha do interior árido (Hopper como sempre faz um vigarista que transa com a garçonete, Deborah Unger). Fiennes, com seu olhar estrábico, faz o ex-prisioneiro, que primeiro tem cabelo raspado (depois uma peruca inconvincente), mas o filme fica confuso quando ele recorda seu passado. Ou seja, um filme para público de arte. Mas é bem menos do que aparenta.