Tudo é maior, mais caro e mais barulhento. Nem por isso é melhor que a anterior. Nem parece continuação, é mais uma refilmagem. Só que tudo que antes era espontâneo, original e divertido, agora é repetitivo, cansativo, histérico.
Destruído pela crítica americana, isso não impediu que fosse o maior sucesso do ano nos Estados Unidos. Realizado em clima de vídeo clipe, ao gosto dos produtores Simpson/ Bruckheimer.
O sucesso subiu à cabeça de Murphy, que deixa aqui evidente suas limitações como ator e tipo. É uma ego-trip do astro. Na trama, quando um colega policial é baleado, num esquema complicado dos "assassinatos do alfabeto", não há conflito. Logo as primeiras pessoas que é de visita são os criminosos. É tão esperto que acerta de cara, embora leve quase duas horas para desvendar uma trama pouco verossímil de tráfico de armas. Brigitte Nielsen, ex-mulher de Stallone, parece uma extra-terrestre, pré-fabricada como o resto do filme.