Drama

Uma Mulher contra Hitler (2005)

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema

Nota: 3

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Sucesso na Mosta de São Paulo, indicado para o Oscar de filme estrangeiro em 2006, vencedor no Festival de Berlim de melhor atriz e melhor direção e ainda do prêmio ecumênico. No Prêmio de Cinema Europeu, ganhou como melhor atriz, segundo o júri e o público, e também melhor direção pelo público. Ou seja, é um filme que agradou em cheio a uma determinada audiência. Talvez porque já se tenha esquecido uma produção anterior exatamente sobre o mesmo assunto, chamada "A Rosa Branca" (1982) e dirigida por Michael Verhoeven. Por sinal, neste momento está sendo rodado outro filme com esse nome e sobre o mesmo assunto, com Albert Finney, Christina Ricci (como Sophie Scholl), Tim Robbins e Martin Gruber.

A importância do assunto é que o movimentado chamado Rosa Branca foi uma das poucas resistências organizadas contra o regime nazista. O filme mostra como, em Munique, em 1943, Sophie Scholl e seu irmão Hans se unem a colegas universitários para fundar o grupo, que procurava fazer resistência aos nazistas lançando panfletos. O filme se fixa menos nos feitos da organização (que na verdade foram poucos e infelizmente inúteis), mas no que acontece depois que Sophie é presa pela Gestapo, sendo interrogada por dias e finalmente confessando tudo. Acusado de alta traição, os Scholls e seu amigo Christoph Probst são condenados à morte e executados.

O filme é basicamente isso, um relato bastante seco e desdramatizado do que sucedeu com a heroína. Rodado em ordem cronológica, com imagens reais das vitimas em fotos nos letreiros finais, "Uma Mulher contra Hitler" é sóbrio, digno, meticuloso ao reconstituir os fatos e documentos. Até demais.