Zardoz (1973)

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema

Nota: 2

Boorman realizou este filme cult de ficção científica quando não conseguiu os direitos de "O Senhor dos Anéis". Com orçamento limitado (um milhão de dólares, incluindo o salário de Sean, substituindo Burt Reynolds que ficou doente) é um labirinto filosófico, cheio de pistas falsas e tiradas complicadas, num estilo que o diretor define como "expressionista".

Apesar da presença sempre viril de Connery, o filme tem problemas com a direção de arte e figurinos, extremamente datados (e um pouco ridículos, muito anos 70). E também com o diálogo pretensioso (o próprio Boorman admite que fez o prólogo para tentar tornar o filme mais claro, mas, mesmo assim, o público não o entendeu). Confuso e um pouco brega, ainda mantém seus admiradores. Até porque mexe em temas ousados para a época embora fique num meio termo entre new age e piscodelismo.

Boorman além de ter posado para a cabeça de Oz, também faz ponta como o camponês que é morto a tiros por Connery.