Zorba, o Grego (1964)

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema

Nota: 4

Baseado em livro de Nikos Kazantazakis ("A Última Tentação de Cristo", "Aquele que Deve Morrer"). O cinema grego praticamente nasceu com o retorno de Michael Cacoyannis à Atenas. Irene Papas era a musa do diretor e também está neste que foi o maior sucesso dele, sobre um velho grego que tem uma incrível filosofia de vida.

Foi o melhor papel de toda a ilustre carreira de Anthony Quinn, que concorreu ao Oscar naquele ano mas não venceu. Ainda assim, o resto da vida interpretou basicamente variações desse personagem, que ensina a um escritor inglês, Alan Bates, como deve se comportar diante das contradições da sociedade e do ser humano.

O filme foi iniciado com Simone Signoret num papel marcante, mas ela largou as filmagens com medo de parecer velha e foi substituída pela pouco conhecida Lila Kedrova, que pelo filme ganhou o Oscar de Coadjuvante. Zorba ganhou também os Oscars de Fotografia e Direção de Arte, tendo sido indicado ainda como Melhor Direção, Filme e Roteiro.

É um grande filme, que com certeza você vai querer assistir mais de uma vez. Quinn fez também uma versão musical deste filme na Broadway. Curioso: Quinn tinha uma perna quebrada na dança na praia e por isso enganou e improvisou, numa variante da dança que desde então levou o nome do personagem e fez sucesso até em discotecas.

Quem faz ponta é o futuro diretor George Pan Cosmatos, como o menino que anota os pensamentos do analfabeto Zorba.