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Disputar vaga no Oscar dá valor ao filme, diz diretor de "O Som ao Redor"

Kléber Mendonça Filho, diretor de "O Som ao Redor"  - Leo Caldas/Folhapress
Kléber Mendonça Filho, diretor de "O Som ao Redor" Imagem: Leo Caldas/Folhapress

Thays Almendra

Do UOL, em São Paulo*

20/09/2013 15h02

O diretor do filme "O Som Ao Redor"- escolhido para representar o Brasil na disputa pelo Oscar 2014 -, Kleber Mendonça Filho, disse, em entrevista ao UOL, que a indicação é mais um selo importante para o longa-metragem.

"A minha opinião é que independentemente de qualquer indicação, o mais importante é o selo, que vai trazer mais curiosidade e valor para o filme. Estamos trabalhando nele [O Som ao Redor] há um ano e nove meses e ele não me deixa em paz. Nos melhores dos sentidos", comemorou ele, que recebeu a notícia via reportagem do UOL.

Nesta sexta-feira (20), o Ministério da Cultura escolheu o longa como candidato brasileiro ao Oscar de filme estrangeiro. A última vez que um filme nacional disputou a estatueta foi em 1999 – quando "Central do Brasil" foi finalista ao lado de "A Vida É Bela". "Colegas" , "Faroeste Caboclo" , a cinebiografia "Gonzaga - De Pai Para Filho" , a animação "Uma História de Amor e Fúria"  e o drama "Meu Pé de Laranja Lima" também estavam na disputa.

Kleber Mendonça Filho disse não ter grande expectativas para que o filme ganhe o Oscar. O diretor falou ainda que não tem jurisdição para avaliar se o o longa mereceria a premiação. "É um filme com uma carreira muito boa e quem sabe possa ser descoberto na academia", minimizou ele.

A partir de agora, o longa será pré-indicado à Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos EUA, que concorrerá e receberá sugestões de países de todo o mundo. Por fim, será revelado os cinco finalistas em 16 de janeiro.

O diretor contou ainda que "O Som Ao Redor" já foi lançado nos EUA. "Isso é uma vantagem porque já é um filme conhecido lá fora. Está tudo certo em relação a ele e estou tranquilo. Espero que ele siga em frente na disputa", finalizou.

*Colaboração Amanda Serra e Ana Carolina Higa.


Cinema pernambucano

Não é de hoje que os filmes feitos em Pernambuco vêm chamando a atenção de público, crítica e dos outros países. "Baile Perfumado" (1996), de Paulo Caldas e Lírio Ferreira, ganhou três prêmios no Festival de Brasília e abriu caminho para outro filmes que ganharam notoriedade. Nos últimos 12 meses, as produções do estado ganharam mais destaque ao conquistar vários prêmios dos festivais mais importantes do Brasil.

"O Som ao Redor", de Kléber Mendonça Filho, foi o vencedor do Prêmio Redentor da Première Brasil, no Festival do Rio 2012, "Era uma vez eu, Verônica", de Marcelo Gomes, e "Eles Voltam", de Marcelo Lordello, dividiram o Candango de Melhor Filme no Festival de Brasília. A conquista mais recente foi de "Tatuagem", estreia de Hilton Lacerda na direção, que ficou com o Kikito de Melhor Filme no Festival de Gramado deste ano. O filme ainda conquistou o prêmio de Melhor Ator, para Irandhir Santos, e Melhor Trilha Sonora para Dj Dolores.