Novo desenho da Disney, "Moana" deixa romance e princesas de lado
A animação "Moana: Um Mar de Aventuras" teve sua primeira exibição na CCXP (Comic Con Experience) neste sábado (3), em São Paulo.
Com estreia no Brasil prevista para 5 de janeiro de 2017, a animação foi mostrada na versão dublada no principal auditório do evento, com capacidade para 3.300 pessoas, que estava completamente lotado. Durante a sessão, seguranças rodavam pela plateia para evitar fotos e filmagens, que estavam proibidas.
A principal virtude da nova animação da Disney é trazer uma protagonista feminina que não é uma princesa. Como fica explicito em vários momentos do filme, até mesmo com falas, Moana não é e nem quer ser uma princesa. Ela é uma menina aventureira.
O filme é baseado em histórias de ancestrais dos povos da Oceania. Inspirada por uma espécie de guru, que é a sua avó, a menina que sempre foi impedida pelo pai de navegar para além dos recifes parte sozinha aos 16 anos para uma aventura pelas ilhas do Pacífico, com o objetivo de salvar seu povo, do qual ela herdará a liderança.
Outra grande diferença da nova animação da Disney para as clássicas é que Moana não tem romance. As únicas relações de amor que se destacam no filme são as de família e a forte amizade que a menina acaba desenvolvendo com Maui, um semideus que divide poderes de igual para igual com a adolescente aventureira.
Referências
O filme também traz referências a outras animações da Disney. Para quem esperar além dos créditos, terá uma surpresa com um dos personagens de "A Pequena Sereia", filme de 1989 assinado pela mesma dupla de diretores, John Musker e Ron Clements.
Segundo os diretores, que apresentaram uma espécie de making of de "Moana" logo após a pré-estreia, também aparecem no filme Olaf (de "Frozen") e Max, o cachorro do príncipe Eric de "A Pequena Sereia". "Tem mais dois personagens ainda, vocês precisam assistir com um olhar atento", desafiou Clements.
Brasileira
Os diretores também fizeram questão de falar sobre uma brasileira por trás da arte de Moana, a mineira Natalia Freitas. Ela, que estava na plateia, foi bastante aplaudida pelo público e alvo de pedidos de selfies ao fim do painel.
Este foi o primeiro trabalho da jovem com a dupla de diretores, que também assinou outros sucessos de bilheteria da Disney como "Aladdin" (1992), "Hércules" (1997) e "A Princesa e o Sapo" (2009).
O filme da Disney acumulou polêmicas mesmo antes de sua estreia. Os povos polinésios acusaram o estúdio de apropriação cultural para fins comerciais. Como uma espécie de resposta a isso, foi exibido um vídeo destacando as diversas viagens de Ron e John a diversos lugares como Taiti, Samoa e Fiji. Uma equipe de curadores locais também foi formada para aprovar o enredo.
Maui, por exemplo, seria careca. Mas uma vasta cabeleireira foi lhe dada depois que os locais disseram que o cabelo era parte da força do semideus. O personagem foi o mais envolvido em polêmicas. Críticas foram feitas por ele ser retratado gordo quando a obesidade um problema de saúde pública.
Mas nada parece ter afetado os números de "Moana". Nos Estados Unidos, onde estreou em 25 de novembro, o filme acumulou mais de US$ 52 milhões em bilheterias só no final de semana de estreia, e segue líder.
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