Em 2014, Angelina Jolie brilhou como Malévola, casou e investiu na direção
Casamento conturbado, drogas, casamento dos sonhos, filhos, mastectomia, ativismo humanitário… Com tudo isso, Angelina Jolie nunca fica longe dos holofotes por muito tempo. Ainda assim, 2014 foi especialmente marcante para a atriz, que finalmente oficializou a união com Brad Pitt, cedendo aos pedidos dos filhos.
Mas foi no lado profissional que 2014 ficará marcado como um bom ano para Jolie, em que ela se firmou entre as mulheres mais bem-sucedidas do cinema atual –é a quinta atriz mais bem paga e a terceira mais poderosa, segundo a revista “Forbes”. Ela, no entanto, continua insuperável quando o assunto é atenção da mídia.
"Malévola"
Depois de mais de três anos longe das telas –em parte por conta de uma mastectomia dupla realizada em 2013–, a atriz de 39 anos voltou aos cinemas como a estrela de “Malévola”, releitura do conto de fadas “A Bela Adormecida”, que mostra a origem da temida vilã.
Além de atuar, Jolie produziu o longa, que a colocou no topo da lista de atrizes mais bem pagas da “Forbes” em 2013, mesmo sem ter lançado um filme naquele ano. Quando finalmente estreou, em maio, “Malévola” surpreendentemente se tornou um dos maiores sucessos de 2014: com US$ 757,8 milhões nas bilheterias de todo o mundo, ficou com o posto de terceiro filme de maior renda do ano, atrás apenas de “Transformers: A Era da Extinção” e “Guardiões da Galáxia”.
No filme, a atriz fala pouco e enche a tela com sua presença, marcada por longos chifres negros e imponentes asas. Ela é uma fada dedicada a proteger seu reino dos humanos, até ser traída covardemente por uma antiga paixão e ficar amarga e vingativa.
"Vejo muitas semelhanças com a personagem. E espero que muitas pessoas possam se identificar com ela", disse a atriz à época do lançamento. "Acho que nasci com o coração aberto, confiante, mais amável e, como acontece com todo o mundo, passei por coisas diferentes na vida que me fizeram confiar menos, ficar mais sozinha, mais irritada e mais cuidadosa."
Trailer legendado de "Invencível"
“Invencível”
Se “Malévola” ajudou a perpetuar o fascínio pela imagem de Jolie nas telas e nos tapetes vermelhos, o verdadeiro investimento dela este ano foi na carreira de diretora, com o lançamento de “Invencível” e o início das filmagens de “By the Sea”, logo após o casamento com Pitt.
História do atleta olímpico Louis Zamperini, que teve seu avião abatido na Segunda Guerra e ficou preso em campos de concentração japoneses, o drama "Invencível" teve recepção da crítica melhor do que o filme anterior de Angelina, "Na Terra de Amor e Ódio", e chegou a figurar em meio a apostas para o Oscar 2015.
"Este será um filme difícil para alguns engolirem. Mas tem um apelo forte como história extraordinária de sobrevivência", disse o crítico Todd McCarthy, da revista especializada "Hollywood Reporter", após ver o longa, que estreia nos Estados Unidos no Natal e chega ao Brasil em 15 de janeiro.
Com a boa recepção, o principal percalço de Jolie com “Invencível” acabou sendo uma simples catapora, que a impediu de participar das pré-estreias do filme.
“By the Sea”
Mesmo antes de lançar “Invencível”, Jolie já estava trabalhando em seu próximo filme como diretora, “By the Sea”, um drama em que ela também atuará ao lado do marido pela primeira vez desde “Sr. & Sra. Smith” (2005), longa que marcou o início do relacionamento dos dois.
O casal mal aproveitou a lua de mel e já começou as filmagens em Malta. Como o filme é um drama sobre um casal que tem uma relação difícil, Jolie achou graça no contraste com o momento que ela e Pitt estão vivendo. "Nós estamos trabalhando juntos em um drama sobre luto e sobre encontrar um caminho em um casamento difícil. Nós achamos muito engraçado isso ser a nossa lua de mel", disse.
Em meio a rumores de que pode parar de atuar em breve e de que quer se dedicar à política, Jolie já tem pela frente ao menos dois projetos. O primeiro é a direção de “Africa”, um roteiro sobre o defensor dos elefantes africanos Richard Leakey. O segundo é o papel de Cleópatra em uma nova versão da história da rainha egípcia, que está em desenvolvimento desde 2010, mas ainda não tem data para começar a ser filmada.
Como se não bastasse, ela continua desempenhando com afinco seus papéis de mãe da família mais perfeita de Hollywood e embaixadora da agência de refugiados da ONU.
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