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Batman - O Cavaleiro das Trevas

Batman - O Cavaleiro das Trevas

Depois de "Batman Begins", Christopher Nolan retoma o Homem-Morcego em parceria com Christian Bale em "Batman - O Cavaleiro das Trevas". E nessa segunda investida conquistou o grau de excelência que os fãs almejavam, com a ajuda de um Heath Ledger em estado de graça na pele do Coringa. Há quem tenha visto na oposição entre o herói e seu arquiinimigo uma simplificação maniqueísta e tacanha do que vivemos hoje em dia. Talvez tenham que rever com mais atenção, já que o filme esconde mais sofisticação do que aparenta. O "Por que tão sério?" entoado como um mantra pelo Coringa de Ledger diante de um Batman enraivecido resume o sarcasmo de um vilão para o qual não há ética possível - nem a dos bandidos.

Homem de Ferro

Quando Robert Downey Jr. foi anunciado para o papel de Tony Stark, o gênio fabricante de armas e alter-ego do Homem de Ferro no filme sobre a origem do super-herói, muitos fãs de histórias em quadrinhos e cronistas de Hollywood ficaram surpresos com as semelhanças entre a história pregressa do ator e o perfil do personagem. A verdade é que Downey Jr., depois de tantos problemas com drogas e bebidas, parece ter renascido plenamente para as câmeras. E o seu Tony Stark é uma prova disso. Jon Favreau, por sua vez, se mostrou um diretor competente não apenas para dirigir seus próprios roteiros. No sistema industrial de Hollywood isso não é pouco.

Persépolis

Inspirada na graphic novel de mesmo nome da iraniana Marjane Satrapi, "Persépolis" transporta para o cinema no formato de animação a autobiografia da autora. Aos 8 anos de idade, ela sonha em ser uma profetisa do futuro para salvar o mundo. Nascida em uma família de valores modernos e avançados, muito mimada pela avó, ela acompanha o que acontece a sua volta com atenção redobrada e questiona tudo. A queda do Xá e a entrada da nova República Islâmica inaugura um período de muitas restrições e controle por parte do que se convencionou chamar de Guardiões da Revolução. Obrigada a usar véu, ela quer se tornar revolucionária. Satrapi, que assina a animação ao lado do francês Vincent Parounnaud, não recorre a pirotecnias técnicas. Mantém tudo muito simples, como no original. E, assim, consegue transcender sua própria obra.

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