Festival do Rio altera programação de sexta, segunda e terça no Cine Odeon
A organização do Festival do Rio transferiu novamente parte da programação do Cine Odeon para outras salas do circuito do evento. O cinema ficará fechado na sexta, na segunda e na terça-feira. No fim de semana, funcionará nornalmente.
Na terça-feira (2), o festival já havia cancelado sessões que seriam exibidas durante a tarde, por conta das manifestações que ocorrem na Cinelândia, no Rio de Janeiro.
17h
Curta: "Não Estamos Sonhando", de Luiz Pretti
Longa: "Damas do Samba", de Susana Lira
19h
Curta: "A Queima", de Diego Benevides
Longa: "Conversa Com JH", de Ernesto Rodrigues
Sessões canceladas anteriormente
O Cine Odeon fica localizado a poucos metros da Câmara dos Vereadores, onde houve na tarde de terça-feira votação do plano de carreira de professores contratados pela Prefeitura do Rio. A decisão de cancelar a programação foi anunciada em meio a bombas de gás lacrimogêneo, spray de pimenta, tiros de balas de borracha e num cenário de insegurança em que centenas de pessoas correm pelas ruas do centro fugindo da polícia.
"O coronel do batalhão da polícia me ligou e disse que, se quiséssemos manter aberto, teríamos toda a segurança. Mas não podemos viver fora do eixo da cidade. Tomamos essa decisão agora quando a gente chegou e viu a situação que está, e o festival está no contexto da cidade", disse ao UOL Vilma Lustosa, diretora do Festival do Rio, na terça.
Segundo Lustosa, não havia "clima" para se realizar as sessões de pré-estreia. "Não tem clima. Tem bomba, tem pessoas correndo, gente se machucando. O cinema brasileiro lutou tantos anos. Cada tela é uma conquista, somos solidários", defendeu. Enquanto alguns convidados já haviam chegado ao cinema, o Odeon virou um refúgio para muitos manifestantes, especialmente professores que estavam fugindo do confronto.
Reforço policial
A organização do Festival do Rio já havia solicitado reforço da Polícia Militar, com receio de que manifestações pudessem atrapalhar o evento, que começou na quinta-feira (26), especialmente nas sessões de gala com a presença de atores, diretores e convidados.
O tapete vermelho para a sessão especial de abertura do Festival contou com vizinhos inusitados. Para além de cinéfilos, curiosos e fãs de artistas, um grupo de cerca de 50 manifestantes chamou a atenção dos convidados.
De acordo com a diretora do festival, Ilda Santiago, a possibilidade de protestos já havia sido prevista pela organização do evento. "A gente já montou uma estrutura que permitisse respeitar todas as manifestações, mas que ao mesmo tempo respeitasse a nossa manifestação cultural de cinema. Isso a gente tem alguma coisa em comum, que é acreditar na diversidade", disse ao UOL.
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