Arquette pede igualdade salarial em evento da ONU: "é 2015, não 1915"
Após colocar o feminismo no palco do Oscar 2015, a atriz Patricia Arquette voltou a defender a igualdade de salários entre as mulheres em um evento da ONU na terça-feira (10). Vendedora na categoria de atriz coadjuvante neste ano, por seu papel em “Boyhood”, Arquette alfinetou: “É hora de que parar de forçar as mulheres a pagarem, o que é efetivamente um imposto sobre o gênero. Isto é 2015, não 1915”.
“Empregadores, líderes da indústria, juntem-se a nós para provocar a mudança”, pediu aos presentes do encontro da UN Women, entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gêneros e o Empoderamento das Mulheres, em Nova York. “Nós somos cidadãos, somos eleitoras, nós somos americanas, somos um movimento, e estamos fazendo mudanças para nossas filhas. Nós importamos. Surpresa, América!".
Entre os líderes mundiais e ativistas reunidos, estavam presentes a ex-Secretária de Estado Hillary Clinton, além de Chaka Khan e Jill Scott, que se apresentaram no evento.
Segundo o "The Hollywood Reporter", Arquette fez um discurso empolgante ao voltar a defender a igualdade salarial. A atriz disse que é grata pelo seu trabalho, mas que guarda em si outras verdades.
“Se eu lhe dissesse que eu fui mãe solteira aos 20 anos e vivia com meu bebê em uma garagem convertida em quarto, e que eu me preocuparia com a alimentação do bebê durante a amamentação, porque eu só conseguia comer macarrão com queijo instantâneo por uma semana para que eu pudesse comprar fraldas, isto também seria verdade”, disse.
“Em um estudo analisando a igualdade salarial recente em 142 países, a América se classificou a 65° lugar. As mulheres ganham menos que os homens pelo mesmo trabalho em quase todas as profissões e indústria”, observou.
A atriz de “Boyhood” também salientou que "as mulheres nos Estados Unidos estão sendo sufocada economicamente" e que "a luta é mais opressiva" para as mulheres de cor e da comunidade LGBT.
Durante a premiação do Oscar, Arquette surpreendeu os presentes com o discurso político sobre equiparação de salários e arrancou aplausos da plateia, incluindo um gesto de aprovação da atriz Meryl Streep.
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