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Polícia de Beverly Hills abre investigação contra Weinstein e James Toback

Harvey Weinstein é investigado em três cidades - Andrew Kelly - 10.fev.2016/Reuters
Harvey Weinstein é investigado em três cidades Imagem: Andrew Kelly - 10.fev.2016/Reuters

Do UOL, em São Paulo

01/11/2017 09h23

As acusações de assédio e abuso sexual contra o produtor Harvey Weinstein e o cineasta James Toback agora serão alvo de uma investigação pela polícia de Beverly Hills.

Segundo o site TMZ, a polícia anunciou que está investigando “múltiplas acusações” contra os dois, sem especificar quantas são.

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Weinstein, acusado por mais de 50 mulheres, também sendo investigado pelas autoridades de Londres e Nova York. Beverly Hills é onde fica o Peninsula Hotel, local onde várias de suas vítimas disseram ter sido assediadas ou abusadas.

Já Toback foi denunciado por mais de 200 mulheres, incluindo atrizes como Julianne Moore, Rachel McAdams e Selma Blair.

Escândalo em Hollywood

No início de outubro, uma reportagem publicada pelo "The New York Times" revelou que Harvey Weinstein assediou mulheres durante décadas. Dias depois, a revista "New Yorker" publicou sua própria reportagem sobre o tema -- dessa vez, com acusações de estupro.

Com o passar dos dias, o número de denúncias explodiu. Nomes de peso da indústria, como Angelina Jolie, Gwyneth Paltrow, Mira Sorvino e Rosanna Arquette também acusaram o produtor. Weinstein, que ao lado do irmão Bob construiu uma fábrica de sucessos de bilheteria, com 80 premiações do Oscar e mais de 300 indicações, deixou o seu cargo na empresa que fundou e foi expulso do Sindicato dos Produtores e da Academia.

A repercussão do caso fez com que várias outras famosas relatassem suas experiências: Reese Whiterspoon, por exemplo, contou que foi abusada por um diretor quando tinha apenas 16 anos, e Jennifer Lawrence revelou que foi colocada nua em uma fila com outras atrizes e chamada de "comível" por um produtor.

Semanas depois, 38 mulheres denunciaram o cineasta James Toback, indicado ao Oscar pelo filme "Bugsy", em uma reportagem do jornal "Los Angeles Times". Desde então, o número de vítimas que se identificaram passou de 200.