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Empresa de Harvey Weinstein é investigada e terá de entregar documentos

Investigação chegou à empresa de Harvey Weinstein - Alexander Koerner/Getty Images
Investigação chegou à empresa de Harvey Weinstein Imagem: Alexander Koerner/Getty Images

Do UOL, em São Paulo

23/10/2017 18h09

A The Weinstein Company, empresa criada por Harvey Weinstein, foi intimada pela promotoria de Nova York (EUA) a entregar documentos como parte de uma investigação, iniciada à luz das acusações de assédio contra o magnata.

As autoridades estão investigando se a empresa violou as leis estaduais de direitos civis ou as leis municipais de direitos humanos na forma como lidou com as denúncias de assédio contra Weinstein.

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O promotor de Nova York, Eric T. Schneiderman, pediu que a companhia entregasse todos os documentos relacionados a queixas oficiais ou não oficiais contra o executivo. Ele também afirmou que está analisando como a produtora lidou com as denúncias, se houve acordos com vítimas e quais eram os critérios de contratação.

Nenhum nova-iorquino deveria ser forçado a entrar em um local de trabalho dominado por intimidação sexual, assédio ou medo. Se assédio sexual e discriminação estão entranhados em uma empresa, nós queremos saber”, declarou o promotor.

Escândalo em Hollywood

Um dos produtores mais poderosos de Hollywood, que levou ao Oscar filmes como "Shakespeare Apaixonado" e produziu clássicos modernos como "Cães de Aluguel", Weinstein, 65, tem sido alvo de acusações desde que o jornal The New York Times e a revista New Yorker publicaram reportagens com relatos das vítimas do executivo. As acusações incluem assédio, abuso sexual e estupro.

Responsável por algumas das campanhas mais agressivas em busca de estatuetas do Oscar, com mais de 300 indicações, desde a revelação dos casos Harvey foi expulso da Academia de Hollywood, do Bafta e do Sindicato dos Produtores, foi demitido de sua própria produtora e se tornou alvo de investigações policiais.

Entre as vítimas do produtor que vieram a público depois das reportagens estão nomes como Mira Sorvino, Rosana Arquette, Gwyneth Paltrow, Angelina Jolie e Léa Seydoux. Depois das denúncias, a vencedora do Oscar Lupita Nyong'o também dividiu um relato de quando foi assediada pelo produtor, no início da carreira.