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Produções do México e Cazaquistão ficam com dois prêmios na Mostra de SP

Natalia Engler

Do UOL, em Sâo Paulo

31/10/2013 21h38Atualizada em 01/11/2013 09h12

O público paulista conheceu nesta noite de quinta (31) os filmes vencedores da 37ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo. Também escolhido como prêmio especial da crítica, o longa com co-produção do Cazaquistão "Lições de Harmonia", de Emir Baigazin, foi o premiado como melhor filme de ficção pelo júri formado pelo ucraniano Sergei Loznitsa, diretor de "Na Neblina" e "Minha Felicidade", pelo filipino Lav Diaz, de "Morte na Terra de Encantos", pelo diretor, autor e produtor austríaco Hans Weingartner, de "Edukators", pelo cineasta uruguaio radicado no Brasil César Charlone, de "O Banheiro do Papa", e pela diretora Monique Gardenberg, de "Benjamin".

O filme conta a história de um menino que passa a sofrer bullying no Cazaquistão. Com ódio, o garoto resolve se vingar do chefe da gangue que o persegue.

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Na categoria documentários, "Plano para a Paz", de Carlos Agulló e Mandy Jacobson, foi o escolhido pelo júri composto pelo jornalista e escritor Zuenir Ventura, o escocês Daniel Dreifuss, produtor do filme chileno "No", Pablo Iraola, produtor argentino e Toni Venturi, diretor e produtor de cinema e televisão.

Os dois vencedores foram escolhidos entre os dez documentários e as 13 ficções mais votados pelo público na primeira semana da Mostra, entre os filmes da seção Novos Diretores (cineastas que tenham no máximo dois longas no currículo).

Depois de levar o prêmio da crítica - escolhidos pelos jornalistas que cobrem o festival na cerimônia, realizada no Cinesesc, na quarta (30), o mexicano "La Jaula de Oro" também recebeu nesta noite menção honrosa do júri.

Ainda no evento desta quarta, o uruguaio "O Militante" e "Lições de Harmonia", co-produção de Cazaquistão, Alemanha e França, dividiram o Prêmio Especial da Crítica. Os três filmes estão na programação da repescagem da Mostra, que começa nesta sexta.

Já o prêmio do público, ficou com o longa estrangeiro "Pais e Filhos", de Hirokazu Kore-Eda, e a animação nacional "Até Que a Sbórnia nos Separe", de Ennio Torresan Jr. e Otto Guerra - o último receberá R$25 mil da Rede Cinemark.

A Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema) escolheu como melhor produção nacional "Riocorrente", de Paulo Sacramento.

A cerimônia ainda teve a entrega do prêmio Leon Cakoff, que foi dedicado ao italiano Ettore Scola (ausente) e ao argentino naturalizado brasileiro Hector Babenco, que recebeu o troféu das mãos da diretora da Mostra, Renata de Almeida. "Eu não estava entendendo muito bem o que significa receber um prêmio pelo conjunto dos meus trabalhos. A gente fica com medo de virar estátua, virar nome de viaduto. Mas eu percebi que o que mais me liga concretamente ao cinema é a Mostra", disse Babenco. O cineasta relembrou sua amizade com Leon Cakoff, criador do festival, que admitiu nem sempre ter sido harmoniosa, e ressaltou o trabalho feito por Renata desde a morte de Cakoff, há dois anos.

A cerimônia foi seguida pela exibição de "Que Estranho Chamar-se Federico - Scola Conta Fellini", comovente homenagem de Ettore Scola ao amigo morto há 20 anos, que mistura ficção, reencenação de passagens da vida do cineasta e imagens de arquivo e de filmes de Fellini e de Scola.

Veja lista de premiados:

Troféu Bandeira Paulista
Prêmio do júri - ficção: "Lições de Harmonia", de Emir Baigazin
Menção honrosa - júri de ficção: "La Jaula de Oro", de Diego Quemada-Díez
Prêmio do júri - documentário: "Plano para a Paz, de Carlos Agulló e Mandy Jacobson
Menção honrosa - júri de documentário: "Eu Vou Ser Assassinado", de Justin Webster

Prêmio da Crítica: "La Jaula de Oro", de Diego Quemada-Díez
Prêmios especiais da crítica: "O Militante", de Manolo Nieto; "Lições de Harmonia", de Emir Baigazin
 
Prêmio do Público

Documentário: "Plano para Paz", de Carlos Agulló e Mandy Jacobson
Estrangeiro: "Pais e Filhos", de Hirokazu Kore-Eda
Nacional documentário: "Outro Sertão", de Adriana Jacobsen e Soraia Vilela (receberá prêmio de R$ 15 mil da rede Cinemark)
Nacional ficção: "Até Que a Sbórnia nos Separe", de Ennio Torresan Jr. e Otto Guerra (receberá prêmio de R$ 25 mil da Rede Cinemark)
 
Prêmio Abraccine
"Riocorrente", de Paulo Sacramento
 
Prêmio da Juventude
Estrangeiro: "Vai Eddy!", de Gert Embrechts (Bélgica)
Nacional: "O Menino e o Mundo", de Alê Abreu

2 Comentários

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Wellllllll

Não entendo como são escolhidos os dez longas que passam pelo crivo do júri... Todo ano os melhores filmes nacionais não entram na lista. Esse ano, por exemplo, tínhamos candidatos fortíssimos: O Lobo Atrás da Porta, De Menor e o próprio Sbórnia..

Alviverde do Palestra

Quando vi que o filme era do Cazaquistão, logo pensei em "Borat". kkkkkkk

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