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O Escafandro e a Borboleta

O Escafandro e a Borboleta

A direção econômica de Julian Schnabel e a soberba interpretação de Mathieu Amalric transformaram "O Escafandro e a Borboleta" em um cult instantâneo. No filme, Amalric encarna o jornalista francês Jean-Dominique Bauby, editor da revista feminina de moda e comportamento "Elle". Em 1995, Bauby sofreu um derrame que lhe causou uma condição rara: o travamento completo do corpo, a não ser pela pálpebra direita. Com a ajuda de um código complexo, ele conseguiu editar um livro sobre essa experiência permanente e curta. Bauby morreu pouco tempo depois do livro pronto.

4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias

Cristian Mungiu faz parte da geração que testemunhou a transição entre a ditadura totalitarista e a democracia na Romênia. "4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias" expõe algumas das histórias que testemunhou ou ouviu. E o modo como reproduz no filme impressiona pela economia de meios, pela beleza das imagens e pelo empenho das duas intérpretes. Elas fazem os papéis de duas amigas que cruzam a capital para encontrar um aborteiro que as chantageia - naquele contexto, era crime grave a pratica do aborto.

O Segredo do Grão

O diretor turco radicado na França Abdel Kechiche volta ao tema das diferenças e da xenofobia na França, desta vez sob a perspectiva de um velho estivador árabe que é despedido do emprego. Para continuar trabalhando, ele decide abrir um restaurante especializado em cuscuz com a ajuda da ex-mulher, dos filhos, da enteada e de um grupo de amigos musicos. Kechiche não está interessado apenas nas intrigas familiares emvolvendo a ex-mulher e a atual amante, dona da pensão onde ele vive. O cineasta mostra como é possível para o ser humano se reinventar sempre, independente de sua condição de estrangeiro.

Lemon Tree

Vizinha do Ministro da Defesa de Israel, uma viúva palestina, interpretada com requinte por Hiam Abbass, decide processá-lo por cortar os limoeiros do terreno de sua casa. A justificativa dada pelo governo é de que se trata de Segurança Nacional. O cineasta israelense Eran Riklis poderia se concentrar apenas nessa trama com ares de picuinha, mas vai muito além disso. Na verdade, a questão que surge dessa rusga que extrapola questões de vizinhança reverbera tanto nas relações pessoais da palestina quanto no quintal de seu ilustre vizinho israelense. Um filme para se ver e rever com atenção.

A Família Savage

A cineasta americana Tamara Jenkins conta que "A Família Savage" nasceu de experiências pessoais no cuidado de familiares com problemas de saúde e da observação de uma casa de repouso que ficava na esquina de sua casa. Com a ajuda de Philip Seymour Hoffman e Laura Lynney, a diretora constrói um belo conto sobre a família no contexto americano. Esse detalhe é importante, já que o filme fala de abandono, redenção e compaixão - valores que parecem caminhar juntos na cultura dos Estados Unidos.

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