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Estômago

Estômago

Marcos Jorge fez carreira nos festivais de curtas-metragens antes de se aventurar no longa. "Estômago" é o seu primeiro e mostra que o diretor tem futuro. Com roteiro original e uma co-produção com a Itália, Jorge fez uma comédia que faz lembrar os filmes italianos dos anos 60 e 70, tradição fundada por nomes como Ettore Scola, Mario Monicelli, Marco Ferreri e outros. Habilidoso, Jorge trabalha com causa e efeito de uma maneira que não deixa muita margem para o que reserva para o fim, mas exagera na dose ao revelar o que não seria necessário mostrar. E João Miguel, no papel do retirante que vira cozinheiro de mão cheia, dá estofo ao personagem e sustentação ao roteiro.

O Banheiro do Papa

Experiente diretor de fotografia, César Charlone entrou com o bonde andando no projeto de Enrique Fernández. Promoveu algumas mudanças no roteiro, sugeriu mais leveza e humor, além de emprestar seu conhecimento na hora de filmar. Essa história da passagem do papa por uma cidadezinha uruguaia da fronteira, que mobilizou a população inteira em torno do acontecimento, ganhou dimensão muito maior. Ao falar da influência da religião, do efeito manada que orienta as pessoas para o mesmo lugar ao mesmo tempo, falou de algo que diz muito a respeito do nosso tempo.

Feliz Natal

Mais um filme sobre a família que se reúne para a festa de Natal. Selton Mello, que assume aqui pela primeira vez a direção de longa-metragem, mostra que aprendeu muito com os diretores com quem trabalhou. Vê-se principalmente a influência de Luiz Fernando Carvalho ("Lavoura Arcaica"), um cinema mais centrado no sensorial, nas imagens e nos sons ambientes. De outros diretores, como Heitor Dhalia e Lírio Ferreira, emprestou a divina graça de permitir o improviso e a habilidade para captar a melhor expressão no rosto de seus atores. Tudo isso faz uma grande diferença na hora de contar uma história, seja ela qual for.

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